A transição para uma sociedade neutra em carbono tem sido um dos objetivos centrais a nível mundial, vertidos em Portugal nos instrumentos de planeamento estratégicos, como o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, que prevê o fomento do sequestro de carbono, através de uma gestão florestal ativa, promovendo a valorização do território, o PNEC 2030 e a Lei de Bases do Clima, que estabelece objetivos que devem ser prosseguidos com vista ao combate às alterações climáticas e a atingir um equilíbrio ecológico. Esta transição exige ações para o aumento da capacidade de sequestro, de modo a viabilizar o cumprimento do objetivo de limitar o aumento da temperatura média global em 1,5o C, estabelecido no Acordo Paris, em linha com os resultados dos últimos relatórios do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas. Assim, a aposta em soluções de base natural para o sequestro de carbono é determinante para atingir a neutralidade carbónica contribuindo também para a proteção da biodiversidade, regulação dos ciclos naturais, desenho da paisagem e adaptação às alterações climáticas através do aumento da resiliência do território. Para a adopção de métodos de cálculo de sequestro ao nivel florestal é importante a aquisição de conhecimentos sobre os modelos ajustados às espécies florestais nacionais. 

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